Eid Mubarak para todos!
Milhares de muçulmanos reúnem-se em Meca para celebrar festival de Eid al Fitr
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DA FRANCE PRESSE, EM RIAD (ARÁBIA SAUDITA) O tradicional feriado religioso
Eid al Fitr, que marca o fim do Ramadã --o mês sagrado de jejum para os muçulmanos-- e o início do novo mês de Shawwal, reuniu milhares de peregrinos em Meca e movimentou aeroportos de cidades do Oriente Médio devido às comemorações.
A Arábia Saudita, o Egito e Líbano anunciaram que esta sexta-feira abrigaria as celebrações do final oficial do Ramadã -- que depende da posição da lua e portanto pode ser realizado em diferentes datas ao redor do mundo.
Islâmicos de Maringá celebram fim do Ramadã e lembram preconceito Cerca de 60 muçulmanos se reuniram, na manhã desta sexta-feira, na Mesquita de Maringá, para celebrar o fim do mês do Ramadã
Os muçulmanos celebram, nesta sexta-feira (10), o Eid al-Fitr, uma das principais datas do calendário islâmico, que lembra o fim do mês do Ramadã. Durante 30 dias, os islâmicos fizeram jejum, que se caracteriza como abstinência total de alimento, seja liquido ou sólido, e também de fumo ou prática sexual. O início acontecia pela madrugada, uma hora e 30 minutos antes do sol nascer, e durava até o início da noite.
Na região de Maringá, existem aproximadamente 500 islâmicos, segundo a Sociedade Beneficente Muçulmana. Cerca de 60 religiosos se reuniram na manhã desta sexta-feira na Mesquita de Maringá, no Jardim Guaporé, para fazer orações em celebração à data. Eles fazem um almoço de confraternização hoje às 12h.
"Nos países islâmicos, esta sexta-feira é feriado, mas como aqui no Brasil não podemos parar de trabalhar, faremos um grande almoço também neste domingo", afirma o presidente da Sociedade Beneficente Muçulmana, Ali Wardani.
De acordo com Wardani, em Maringá existem muçulmanos de origem libanesa, síria, jordaniana, palestina e sudanesa. "Esta é uma data muito importante para nós, pois une a comunidade islâmica de Maringá", afirma.
Durante as orações desta sexta-feira, o xeique Mohamed Elgasin Alruheidy disse que atualmente existem pessoas interessadas em denegrir a imagem do islã. "Eles querem atingir a fé inabalável dos seguidores, mas o islã é uma religião de justiça, misericórdia e benfeitorias", afirmou.
Ramadã no mundo
Mais de um bilhão de muçulmanos ao redor do mundo começaram a observar ao nascer do sol no dia 11 de agosto. Celebrado pelos islâmicos no nono mês do calendário lunar, o Ramadã terminou no dia 9 de setembro.
Assim como a Páscoa cristã, o início do Ramadã muda todos os anos, e é assinalado pelo aparecimento da lua nova no começo do mês lunar. De acordo com o xeique AAbdul Osman, orientador religioso da mesquita de Maringá, há uma defasagem de 11 dias entre ano gregoriano e ano lunar, o que faz com que o início do Ramadã recue 11 dias a cada ano. A palavra Ramadã, de acordo com o xeique, vem do árabe e significa "dia com muito calor".
Sob o forte calor no Oriente Médio, há um desafio especial para os fiéis que se alimentam apenas à noite. Em alguns lugares, como no Egito, Líbano e Faixa de Gaza, a recomendação de se abster de alimentos, bebidas e cigarros por 15 horas é acompanhada por frequentes apagões no sistema de eletricidade.
A finalidade do jejum, de acordo com o xeique, é despertar a consciência social e a solidariedade, fazendo com que as pessoas pensem que há outros privados de comer e beber o ano todo e afastar o apego material. Nesta prática de ajuda ao próximo, durante o Ramadã, cada família teve que destinar 2,5kg de alimentos por integrante em benefício de algum necessitado.
Para os muçulmanos a prática religiosa proporciona disciplina, já que há horários determinados para comer, e permite que as pessoas se livrem das toxinas alimentares para fazer uma limpeza no organismo